A importância dos motoristas de caminhão no desenvolvimento da economia do País nunca foi questionada, ou mesmo admitida abertamente, como se a categoria pudesse suportar indiferente aos constantes aumentos nos preços dos combustíveis, pedágios, má-conservação das rodovias e envelhecimento progressivo da frota, sem uma política adequada de fi nanciamento para a sua renovação. Os carreteiros, aos milhares, cruzam o Brasil e acompanham pelo rádio o noticiário sobre o que acontece em Brasília e, como o resto da população, “absolutamente estarrecidos com a falta de vergonha”, confessa um deles.
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Edi Fontoura lembra que todos têm dificuldades financeiras para sobreviver, mas reconhece que dói ter conhecimento de falcatruas feitas por políticos |
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Desiludido com a ação dos políticos, Carlos Nei Silveira diz que há anos apenas justifi ca o voto e lamenta a falta de união da categoria |
O carreteiro Carlos Nei Silveira, 53 anos e 15 de profi ssão, afi rma que não tem ilusões com o futuro do País ou na ação dos políticos na defesa dos trabalhadores. Ele é dono de um Scania 1988 e já viajou bastante para Argentina e Chile. Atualmente só roda dentro do Brasil e há muitos anos apenas justifi ca o voto. Conta que quando ouve o noticiário e começam as denúncias de falcatruas, roubalheiras e mensalões – desliga o rádio. “Esses políticos não fazem nada e ainda prejudicam quem trabalha, aumentando impostos, pedágios e combustíveis”, desabafa.
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Apesar de ouvir as promessas que na sua opinião nunca serão cumpridas, Flávio Luiz Pappen não deixa de carregar o título de eleitor |
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Ricardo Lindermann confessa desconhecer político algum interessado nos motoristas de caminhão, nem mesmo na época de eleições |
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Para Jamil de Castro, o desinteresse dos políticos pelos carreteiros acontece porque a maioria do pessoal do trecho não vota nas eleições |
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